domingo, 30 de setembro de 2012

MAIAS ASCENSÃO E QUEDA:

 MAIAS ASCENSÃO E QUEDA:


Por Lu Gomes - Revista Grandes Mistérios

Um dos povos mais enigmáticos da história.
Os maias são objeto de intensas pesquisas arqueológicas contemporâneas, que, reunidas, aprofundam bastante o que se sabia anteriormente sobre seus feitos.
Conheça aqui essa revisão atualizada da saga maia, ainda polvilhada por intrigantes lacunas.

OS MAIAS ACREDITAVAM EM CICLOS RECORRENTES DE CRIAÇÃO E DESTRUIÇÃO.
O CICLO ATUAL DEVE ACABAR EM 2012.

os maias são provavelmente a mais conhecida civilização clássica do Novo Mundo. Seu território abrangia áreas de cinco países atuais: México, Guatemala, Belize, Honduras e El Salvador. Esse povo misterioso teria migrado da América do Norte para a Guatemala por volta de 2600 a.C; e, quando sua cultura atingiu o auge - entre 200 d.C. e 900 d.C., o chamado Período Clássico, os maias estavam espalhados por mais de 310 mil km.

Enquanto a Europa mergulhava na Idade das Trevas, os habitantes da Mesoamérica estudavam astronomia, tinham um calendário preciso de365 dias e um sofisticado sistema de escrita por hieróglifos.
Ergueram pirâmides maiores que as do Egito, palácios ricamente decorados e observatórios astronômicos sofisticados, tudo sem usar ferramentas de metal. Também foram hábeis fazendeiros, abrindo a floresta tropical para plantar milho, feijão e tabaco. Onde a água era escassa, construíram grandes reservatórios subterrâneos para armazenar a água da chuva. Eram igualmente ótimos tecelões e ceramistas, e atravessaram selvas e pântanos para estabelecer uma extensa rede de comércio com povos distantes.

Cerca de 300 a.C, os maias adotaram um sistema de governo hierárquico, chefiado por um ahau, ou rei supremo, e sua sociedade estruturou-se em reinos independentes, cada qual com sua comunidade rural e sua cidade construída ao redor de centros cerimoniais. O declínio teve início 13 séculos mais tarde, quando - por motivos até hoje misteriosos - os maias abandonaram suas cidades no sul da Mesoamérica. No século 13 da era cristã, quando o norte se integrou à sociedade tolteca, a dinastia maia chegou ao final, muito embora alguns centros periféricos sobrevivessem até a conquista espanhola, no século 16.

A história maia pode ser contada em ciclos de ascensão e queda: uma cidade estado atingia proeminência e caía em declínio só para ser substituída por outra. Também pode ser descrita como a de uma sociedade cujas mudanças foram guiadas pela religião, a base da sua cultura. A crença na influência do cosmos na vida humana e a necessidade de prestar homenagem aos deuses através de rituais, aliás, não é nada estranha aos tempos modernos.

Deve ter havido boas razões para os maias trocarem as pequenas comunidades agrícolas, dirigidas pelos patriarcas locais, pela complexidade dos reinos do Período Clássico. Encontrar meios para coletar a água da chuva e desbravar mais terras para a agricultura foram fundamentais. Uma força de trabalho foi organizada para construir e cuidar de um sistema de captação de água, formado por reservatórios, cisternas, açudes e canais destinados aos campos agrícolas. Essas inovações fizeram aumentar a produção de alimento, criando um excedente que levou ao incremento do comércio com os estados vizinhos e o subseqüente crescimento da população.

A necessidade de um governo para administrar as complicações da expansão urbana e da atividade rural explica em parte templos piramidais cada vez mais altos e elaborados; o aumento gradativo das hostilidades entre as cidades no final do Período Clássico e o alto preço das guerras, que degeneraram na selvageria de capturar os cidadãos vencidos para sacrifícios humanos (no começo do Período Clássico a guerra era mais civilizada: somente os reis e os nobres derrotados eram usados nesses sacrifícios).

Fossem quais fossem os motivos, os maias decidiram deixar suas suntuosas cidades e voltar à vida simples nas aldeias no campo, onde seus descendentes vivem ainda hoje. Sob a influência dos vizinhos toltecas e de outros grupos que se fixaram no Yucatán, a região norte também entrou em uma nova fase, que continuou até a chegada dos espanhóis em 1541. Os invasores europeus marcam o início da por que os maias adotaram o rei como chefe de estado.
No entanto, cada vez mais terras cultiváveis foram sendo tomadas pelas cidades, que continuaram crescendo, e parcialmente pela migração. População crescente, seca e perda de colheitas podem ter trazido a fome, forçando a população a se mudar em busca de alimento. Outros fatores que levaram as cidades do sul ao colapso podem ter sido o custo de manter reis e nobres e da construção de idade de trevas, com a queima dos livros maias e a tentativa de pôr fim à sua religião.

Os maias acreditavam em ciclos recorrentes de criação e destruição e pensavam em termos de eras que duravam cerca de 5.200 anos. Segundo o calendário maia, o ciclo atual começou em 3114 ou 3113 a.c. e deve acabar em 2011 ou 2012. Sua cosmologia não é fácil de ser reconstruída, mas aparentemente os maias acreditavam que a Terra era plana e tinha quatro cantos, cada um situado em um dos pontos cardeais e com sua cor característica: branco para o norte, amarelo para o sul, vermelho para o leste e preto para o oeste. No centro estava a cor verde. Alguns maias também acreditavam que o céu tinha múltiplas camadas e era sustentado por quatro deuses de imensa força física, chamados de Bacabs.

Outros maias acreditavam que o céu se apoiava em quatro árvores de cores e espécies diferentes. A Terra, em sua forma plana, estava nas costas de um crocodilo gigante que descansava numa piscina de lírios d'água. A contraparte celeste do crocodilo era a serpente de duas cabeças, um conceito supostamente fundamentado no fato de que a palavra maia para "céu" é semelhante à palavra para "serpente".

O céu tinha 13 níveis, cada um com seu próprio deus. O inferno, chamado de "Mundo Inferior", com nove níveis, era um lugar frio e infeliz e o destino final da maioria dos maias. Eles acreditavam que após a morte todos iam para o inferno, cuja entrada seriam as cavernas ou cenotes (poços de água criados pelo desabamento das cavernas de calcário).

Os reis também iam para o inferno, mas, como possuíam poderes sobrenaturais, conseguiam escapar e renascer no céu como deuses.

A morte por causas naturais era temida pelo povo maia, especialmente porque ninguém ia para o paraíso. Gente comum era enterrada debaixo da própria casa, com a boca cheia de comida e uma conta de jade, e acompanhada por artigos religiosos e objetos de uso cotidiano (os túmulos dos sacerdotes continham livros). Os nobres eram cremados e pequenos templos eram erguidos sobre suas urnas funerárias.
Metáforas astronômicas e eventos cósmicos definem os rituais e cerimônias dos maias. Em certos centros, as transferências do poder real, por exemplo, parecem ter sido marcadas para ocorrer nos solstícios de verão. Em Palenque, uma inscrição diz que ChanBahlum, o filho do rei Pacal, consagrou o agrupamento do Templo da Cruz em 23 de julho de 690 d.e. para coincidir com a conjunção de Júpiter, Saturno, Marte e a Lua. Para os maias, tal evento deve ter representado o nascimento dos deuses ancestrais pa deais. Nos equinócios de primavera e outono, por exemplo, o Sol jogava seus raios por pequenas aberturas em um observatório, iluminando seu interior. Outros alinhamentos relacionam-se aos exteriores dos templos e palácios.

O mais espetacular exemplo desse tipo de alinhamento pode ser observado em Chichén Itzá, a principal cidade maia da península do Yucatán.

Ainda hoje as pessoas se reúnem todo ano para ver o Sol iluminar a escadaria da pirâmide dedicada ao deus Quetzalcoatl, a serpente emplumada. Nos equinócios, o Sol gradualmente ilumina a escadaria da pirâmide, que termina com uma cabeça de serpente em sua base, e a sombra projetada cria a imagem de uma cobra ondulante que desliza para o chão - o deus descendo à Terra.

Por que os maias alinharam seus templos e praças com o Sol e as estrelas? Em parte foi por veneração aos deuses. A tumba do rei Pacal, no Templo das Inscrições em Palenque, por exemplo, está alinhada com o Sol.

No solstício de inverno, o Sol nasce atrás de uma montanha além do templo, exatamente em linha com o centro do seu telhado. No seu trajeto, ele entra por um corredor no templo e, enquanto avança para se pôr no horizonte, parece descer pela escada que leva à tumba subterrânea de Pacal.

A morte do rei e sua entrada no inferno equivalem assim à própria morte do Sol e sua entrada no Mundo Inferior.
Os calendários, a mitologia e a astrologia eram integrados em um único sistema de crença. Os maias observavam o céu e faziam calendários para prever os eclipses solares e lunares, os ciclos de Vênus e os movimentos das constelações. Esses acontecimentos eram muito mais do que simples movimentos mecânicos - eram os deuses representando os míticos eventos da criação. E o que os sacerdotes-astrônomos faziam era aplicar a sagrada estrutura do cosmos aos afazeres terrestres. Por isso, observatórios astronômicos foram construídos em quase todas as cidades maias, como o famoso Caracol, em Chichén Itzá, que está alinhado com o aparecimento de corpos celestes como a constelação das Plêiades e Vênus.
Esse último planeta era particularmente significativo para os maias - seu importante deus Quetzalcoatl, por exemplo, está identificado com ele. O Códice de Vênus e era usado para prever o futuro. Os maias também iam para a guerra seguindo a orientação de Vênus, com os ataques às cidades inimigas sendo marcados para coincidir com o surgimento do planeta no céu.

Pouco se sabe sobre o panteão maia. Havia pelo menos 166 divindades, cada uma delas com muitos aspectos: alguns deuses tinham mais de um sexo, enquanto outros podiam ser tanto jovens quanto velhos. Algumas fontes falam de Itzamná, um único deus supremo, inventor da escrita e padroeiro das artes e das ciências. Sua mulher era Ix Chel, a deusa da Lua, padroeira da tecelagem, da medicina e do nascimento.

O papel dos sacerdotes estava ligado ao calendário e à astronomia. Eles controlavam ensino e estavam encarregados de calcular tempo para marcar as cerimônias e festivais, além de serem responsáveis pela escrita e pela genealogia. O clero maia não era celibatário, e os filhos sucediam os pais.
Todos os rituais eram ditados pelo calendário sagrado e tinham um sentido simbólico. A abstinência sexual era rigidamente observada antes e durante tais eventos, e a automutilação era encorajada com o objetivo de fornecer sangue para untar os artigos religiosos. A elite era obcecada por sangue - tanto o próprio como o dos cativos -, e rituais sangrentos eram a parte principal de qualquer data importante. O sangue tinha a finalidade de aplacar os deuses e, quando a civilização maia começou seu declínio, os governantes dos grandes territórios saíram desesperados de uma cidade a outra perpetrando os mais sangrentos rituais na tentativa de manter seus reinos em desintegração.

SACRIFICIOS HUMANOS:
Os sacrifícios humanos eram feitos com prisioneiros de guerra, escravos e particularmente crianças; órfãos e filhos ilegítimos eram comprados especialmente para a ocasião. Antes da influência tolteca, porém, os sacrifícios de animais devem ter sido muito mais comuns do que de humanos, e perus, cachorros e iguanas estavam entre as espécies consideradas apropriadas corno oferendas aos deuses. Nos sacrifícios humanos, os sacerdotes eram auxiliados por quatro homens mais velhos, conhecidos como chacs, em honra ao deus da chuva, Chac. Esses homens seguravam os braços e pernas da vítima enquanto seu peito era aberto pelo nacom, um comandante militar, que arrancava o coração ainda pulsante. Também estava presente o chilam, xamã que em transe recebia mensagens dos deuses, e cujas profecias eram interpretadas pelos sacerdotes.


ARQUITETURA:
As cidades eram os centros administrativos e religiosos, onde muita gente vivia. Em grandes núcleos urbanos como Tikal, por exemplo, em uma área de 10 km2 havia mais de 10 mil estruturas, que iam de pirâmides a cabanas com telhados de sapé. Estima-se em 60 mil o número de seus habitantes, o que lhe dá uma densidade populacional várias vezes superior à de qualquer cidade média da Europa na mesma época histórica. Uma cidade maia do Período Clássico geralmente consistia em praças rodeadas por plataformas encimadas por estruturas de alvenaria, que iam de templos e palácios a túmulos.

A arquitetura mostra um sofisticado senso de decoração e arte, expressa em esculturas e paredes pintadas. Em Tikal, as principais construções eram interligadas por ruas de pedra ou por viadutos. No entanto, essas cidades desenvolveram-se aparentemente sem nenhum planejamento, com templos e palácios sendo derrubados e reconstruídos através dos séculos. Devido a esse padrão errático, os limites das cidades maias são difíceis de ser determinados. Algumas são cercadas por um fosso e outras têm fortificações defensivas ao seu redor, mas isso é incomum. Cidades muradas são raras, com exceção de algumas descobertas recentemente e que datam do colapso da civilização maia, quando muralhas de proteção foram erguidas para conter os inimigos externos.

Como a água era escassa em certas regiões, grandes cidades como Tikal tinham reservatórios construídos para servir à população durante a estação da seca. Quadras para o religioso jogo de bola - o pok-a-tok, que reproduzia os movimentos dos deuses celestiais - também são encontradas em muitos centros urbanos.

Cidades mais importantes tinham monolitos ou pilares colocados diante de templos e palácios. Elevando-se acima de todas as demais estruturas estavam as pirâmides-templos, construídas com blocos de pedra calcária. Eram o aspecto mais notável das cidades. Os templos em cima das pirâmides geralmente tinham apenas uma ou duas salas, tão pequenas que só poderiam ter sido usadas para cerimônias religiosas não destinadas ao público. Embora os templos piramidais fossem as construções mais espetaculares, a cidade era composta principalmente por palácios, estruturas térreas construídas como os templos no topo das pirâmides, mas com várias dúzias de salas e um ou mais pátios internos.

Não se sabe para que os palácios eram usados. Os governantes e a elite burocrática podem ter vivido neles, muito embora as salas fossem apertadas e espartanas. Os arqueólogos sugerem que os nobres provavelmente teriam morado em prédios menos permanentes, que não sobreviveram ao tempo. Eles ainda sugerem que as salas dos palácios, em forma de cela, poderiam indicar que monges, freiras ou sacerdotes as tenham habitado, apesar de haver poucas evidências de terem existido ordens monásticas ou eclesiásticas entre os maias antigos.

Como se vê, os especialistas na cultura maia avançaram bastante em conhecimentos sobre seu objeto de estudo. Muitos dados cruciais, porém, permanecem envoltos em mistério. Decifrá-los é um desafio e tanto, mas os bem-sucedidos terão uma recompensa notável: vislumbrar um pouco do tesouro secreto que é a presença humana neste planeta.

A ESCRITA:
Os maias escreviam usando 800 sinais, que eram dispostos em colunas e lidos da esquerda para a direita de cima para baixo. Os hieróglifos maias representam palavras ou sílabas que podiam ser combinadas para formar qualquer palavra ou conceito na língua maia, incluindo números, períodos de tempo, nomes e títulos. As inscrições eram esculpidas em pedras ou madeira para adornar monumentos,, ou pintados em papel, paredes de gesso e cerâmica. É um sistema de difícil interpretação, porque representam sons, idéias ao mesmo tempo

CRONOLOGIA MAIA:
ANOACONTECIMENTO
3.114 a.C.
Criação do Mundo segundo calendário Maia
2.600 a.C.
Os Maias migram para a Mesoamérica
2.000 a.C.
Ascenção da civilização Olmeca, surgida no litoral do Golfo do México e da qual derivam muitos aspectos da cultura maia. Vilarejos surgem por toda região maia
PERÍODO PRÉ-CLÁSSICO ANTIGO: 1800 a.C. - 900 a.C.
1.200 a.C.
Início da fase áurea da civilização olmeca que duraria até 600 a.C.
PERÍODO PRÉ-CLÁSSICO MÉDIO: 900 a.C. - 300 a.C.
700 a.C.
A escrita é desenvolvida
400 a.C.
Calendários solares esculpidos em pedra tornam-se uso comum entre os maias
PERÍODO PRÉ-CLÁSSICO TARDIO: 300 a.C. - 250 a.C.
300 a.C.
Os maias adotam a idéia da sociedade hierárquica regida por reis nobres
100 a.C.
A cidade de Teotihuacán é fundada e durante séculos será o centro cultural, religioso e comercial da Mesoamérica.
50 a.C.
A cidade de Cerros é construída, com um complexo de templos e quadras para o jogo de bola. Cem anos depois é abandonada, por razões desconhecidas.
100 d.C.
Declínios dos Olmecas.
PERÍODO CLÁSSICO ANTIGO 250 - 600 d.C.
400
O território maia cai sob domínio de Teotihualcán em algumas regiões tem início a desintegração da sua língua e cultura
500
A cidade de Tikal torna-se a primeira grande cidade maia, recebendo a migração dos cidadãos de Teotihuacán que introduzem novas idéias sobre armamentos cativos de guerra, prática de rituais e sacrifícios humanos.
PERÍODO CLÁSSICO MÉDIO 600 - 900 d.C.
600
Algum evento desconhecido destrói a sociedade de Teotihuacán, levando junto o império que a cidade sustentava. Tikal torna-se a maior cidade-estado da Mesoamérica, com cerca de 500 mil habitantes
683
O imperador Pacal morre aos 80 anos de idade enterrado no Templo de Palenque.
751
A aliança maia começa a enfraquecer. O comércio entre suas cidades-estados diminui enquanto os conflitos bélicos aumentam.
869
A construção de monumentos públicos cessa em Tikal, marcando o inicio de seu declínio
899
Tikal é abandonada.
PERÍODO PÓS-CLÁSSICO 900-1500 d.C.
900
Termina o período clássico do Maias, com o colapso de suas cidades meridionais. Mas as cidades ao Norte em Yucatán continuam a prosperar.
1200
As cidades maias no Yucatán começam a ser abandonadas.
1224
A cidade de Chichén Itzá é abandonada pelos toltecas. Um povo conhecido como Uicil-abnal, que depois adotou o nome de Itzá, se estabelece na cidade desolada.
1244
Chichén Itzá é novamente abandonada, por motivos desconhecidos.
1263
O povo Itzá começa a construir a cidade de Mayapán.
1283
Mayapán torna-se a capital do Yucatán.
1441
Há uma revolta em Mayapán e a cidade é abandonada por volta de 1461. Logo depois, de um único reino unido, o Yucatán degeneram em 16 estados rivais, cada um ambicionando se tornar o mais poderoso.
PERÍODO COLONIAL 1500 - 1800 d.C.
1517
Os primeiros espanhóis chegam ao Yucatán comandods por Hernandez de Córdoba. Com os espanhóis chegam também as doenças desconhecidas entre os maias, incluindo varióla, gripe e sarampo. Em século, 90% da população nativa da Mesoamérica estaria morta.
1519
Hernán Cortés começa a explorar o Yucatán
1542
Os espanhóis fazem da cidade de Merida a capitral do Yucatán
1695
As ruínas de Tikal são descobertas por acaso pelo padre espanhol AVedaño e seus companheiros se haviam perdido naselva.
1712
Os maias de Chiapas revoltam-se contra o governo mexicano. Continuam fazendo isso até hoje.
1821
O México torna-se independente da Espanha.
1822
Um relatório das explorações que Antonio del Rios fez em Palenque no final do século 18 é publicado em Londrres. O livro levanta um grande interesse na exploração da civilização maia e suas cidades perdidas.
1839
John Lloyd Stephens, um diplomata, Frederick Catherwood, um artista topográfico inglés, começam uma série de exploração no terrítório maia, revelando pela primeira vez ao mundo todo o esplendor da civilização maia clássica.
1910
Revolução Mexicana
1952
A tumba do Rei Pacal é descoberta em Palenque pelo arqueólogo mexicano Alberto Ruz. Até então acreditava-se que as pirâmides não eram túmulos.
1962
Os hieróglifos são catalogados pela primeira vez.
2012
O fim do mundo na visão maia.
Fonte:
Coleção Planeta - Grandes Mistérios - Editora 3.
 
20.2 - OS ASTECAS
Civilização Asteca:

São precedidos pelos olmecas e toltecas. Os olmecas são assimilados pelos toltecas, que estendem seu domínio pelo México, onde se encontram os maias. Há indícios de que os astecas vivem como servos dos toltecas desde o século IX. Mantêm, porém, sua organização tribal e no século XIV fundam cidades-Estado próprias. Praticam a agricultura, intensificam o comércio e constroem templos e pirâmides.

Povo guerreiro, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI. Fundaram no século XIV a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco.

A sociedade era hierarquizada e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides).

Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador.

O império começou a ser destruído em 1519 com as invasões espanholas.

Os espanhóis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região.


Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.
O artesanato a era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas. A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada. A escrita era representada por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia.

Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes, eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam, que com os sacrifícios, poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.

Governo:

O sistema governamental dos Astecas era monárquico, onde o Conselho do Imperador, era quem elegia seu sucessor, escolhido entre os membros da linhagem governante, e chamada Casa Real. O coração político e espiritual dos Astecas, era a cidade de Tenochtítlan na ilha de Tlatelolco ( Lugar do Cacto Espinhoso ), capital do Império Asteca.

Era o Conselho do Imperador, que elegia o sucessor do Imperador, que era escolhido entre os membros de linhagem governante, a chamada Casa Real.

O poder do Imperador era hereditário, e considerado de origem divina e ele governava auxiliado pelo "Grande Conselho", as suas principais obrigações eram proteger o Povo e homenagear os Deuses. Os Astecas tinham pouca liberdade de ação e pouca voz no governo devido a forma de governo ser a Autocrácia.


Sociedade:
A sociedade era bastante flexível, ocorrendo mobilidade social dentro do Império. Alguns membros das baixas camadas livres poderiam ascender à categoria de dignitários graças à bravura nos combates, era possível galagar postos militares e chegar a fazer parte da Aristrocracia militar.

Poderiam também, dedicar-se aos serviços religiosos e até, mesmo chegar a ser supremo Sacerdote. Ela se organizava como uma pirâmide Deste os indígena: na base Escravos (bem tratados), Servo ( que trabalhavam nas terras privadas da nobreza ), já a maioria da população era composta pelos Comuns ( Macehualtin ), que viviam e trabalhavam nas terras comunitárias, por direito de usufruto.

Os Comuns pertenciam a grupos familiares Capulli ( Casas Grande ), que possuíam terra, um chefe de clã e um templo. Acima de todas as categorias anteriores, estava a Nobreza Hereditária ( Pipiltin ), de onde saíam os burocratas para o sistema, e de cujas fileiras se formava o Conselho do Imperador.

Religião:
Desde os indígenas do México, os Astecas foram os que mais cultuaram seus Deuses. À época da chegado dos Espanhóis, a religião Asteca era uma síntese de crenças e cultos. Os Deuses agrários dos povos agrícolas do centro do México fundiram-se com os Deuses astrais dos povos guerreiros bárbaros.
Um dos tipos de Cerimônia de Sacrifício Humano era:
Que o mais bravo dos prisioneiros de guerra era sacrificado a cada ano. No dia de sua morte, ele tocava flauta no cortejo. Sacerdotes e quatro belas moças acompanhavam-no.

Os astecas sacrificavam milhares de pessoas para seus deuses, em alguns casos retiravam os corações de suas vítimas ainda vivas e levantavam aos céus em honra aos deuses.

Tiveram um forte império originado pelos nahuas (índios que viviam na América central, e formavam sete tribos, entre elas os astecas).
Segundo Rosane Volpatto em seu site : "O universo, segundo os astecas, se concebia no sentido religioso, de acordo com a geografia e se dividia em horizontal e verticalmente.

O universo horizontal reconhecia cinco direções: as quatro dos pontos cardeais e o centro.

Na zona central era governada pelo deus do Fogo. Tláloc e Mixcoatl, o deus das nuvens, estava situado no Oriente e era a região da abundância, a fértil região de Veracruz, fonte das chuvas da estação.

O sul era considerada a região do inferno, ocupada pelas áridas zonas de Morelos e Puebla, enquanto que as deidades protetoras estavam associadas às flores: Xipe e Macuilxóchitl.

Quetzalcóatl, a serpente emplumada, era o deus da sabedoria e se relacionava com o Ocidente, que tinha um significado favorável. Mictlantecuhtli, deus da morte, governava a região norte, considerada uma região sombria e terrível. As vezes também estava relacionado com o sul.

Já o mundo vertical se dividia em paraísos e infernos e não tinha significação moral. Havia treze paraísos, considerados casa dos deuses, de acordo com alguns traços ou hierarquia. De cima para baixo, dominava o éden superior ou criador original. Tláloc vivia em um desses céus e recebia os que morriam afogados, ou por outras causas relacionadas com água ou ainda, fulminados por um raio. No submundo ou Mictlám, iam parar a maioria dos mortos.

Para a grande viagem, que durava quatro dias, iam providos de amuletos e obséquios. Não era um caminho de rosas e tinham que vencer antes vários obstáculos. O viajante cruzava entre duas montanhas que ameaçavam achatá-lo, tinha que escapar de uma serpente e um crocodilo, cruzar oito desertos, subir oito colinas e suportar um vento gelado que lhe jogava pedras e facas de obsidiana. Depois de chegar à um longo rio, deviam atravessá-lo sobre um pequeno cão vermelho. Esse animal deveria ser enterrado com ele junto à outros objetos funerários e quando alcançasse a meta final, o Senhor dos Mortos recebia os presentes que levava. Este Deus, depois o enviava a uma das nove diferentes regiões.

Bem ou mal, noite ou dia, os astecas acreditavam nos grandes deuses do céu e em seu grande desempenho nesta dualidade de seu mundo: sempre houve aqui uma eterna guerra simbólica entre a luz e a escuridão, o calor e o frio, o norte e o sul, o sol do levante e do poente. Agrupadas em exércitos do Oriente e Ocidente, as estrelas também participavam dos ritos. Nessa guerra a morte, a filosofia, criou as grandes ordens guerreiras, a dos Cavaleiros Águia de Huitzilopochtli e os Cavaleiros Jaguar, do deus Tezcatlipoca: aqui havia um conflito permanente entre o dia e a noite. Essa guerra sagrada dominava o rito e a filosofia da religião asteca."
Cultura:
Embora fossem herdeiros culturais de outras grandes civilizações, os Astecas conseguiram desenvolver técnicas e conhecimentos bastante elevados. A arquitetura sobressaiu na construção de monumentos, diques e aquedutos. Na arte da ourivesaria eram mestres. Os sacerdotes, astrônomos e astrólogos Astecas tinham com um de seus deveres contemplação do céu e o estudo do movimento dos astros.
Os livros eram importantíssimos, os colégios dos nobres e os palácio possuíam volumosas bibliotecas. a escrita era uma mistura de ideografia com a escrita fonética, pois alguns caracteres derrotaram idéias e objetos, e outros, designavam sons.

As artes constituíam seu principal meio de comunicação e de relato histórico, através das formas é que os astecas expressavam sua mentalidade, sua visão de mundo. A arte é uma referência da própria vida, seja terrena ou cósmica. Todas as formas possuem seus signos próprios, a arte asteca assume o principal significado de evocar o sagrado, expressando-o em termos visuais.

A arte assume o papel preponderante de representação do mundo simbólico-religioso, toda essa visão cósmica que permeia a sociedade asteca como um todo, se reflete no modo como o espaço é representado no simbolismo poético, em seus monumentos arquitetônicos, em suas esculturas, em seu fazer artístico de modo geral.

A estética pré-hispânica esta vinculada ao sagrado, existe um imaginário coletivo, porém nem por isso deixamos de reconhecer o artista em seus traços individuais, como aquele que transforma todo esse simbolismo sagrado em imagem. A arte asteca foi de grande importância dentro do contexto histórico desse povo, tendo sido admirada pelo próprio conquistador e a Europa, em matéria de estética e técnica.

Para a compreensão de qualquer imagem é necessário considerar-se o plano individual e o coletivo. O individual é o próprio artista, o sujeito que cria o objeto que será apreciado por uma coletividade. Essa compreensão está sujeita ainda a alguns fatores como: o suporte utilizado pelo artista, o material, o objeto ou a "idéia" a ser reproduzida, e para quem (qual o público) aquela imagem foi produzida. O artista pré-hispânico encontra em seu meio ambiente o barro (argila) para a cerâmica e a escultura; as pedras para a escultura, alguns artefatos e para a arquitetura; e os metais. Porém está limitado pelo tema.

Na arquitetura, destaca-se a grandiosidade de seus templos e outras construções que provocam admiração pelo tamanho e falta de tecnologia. Os monumentos arquitetônicos e as esculturas astecas tem como principal regra o princípio horizontal. As esculturas são trabalhadas de todos os lados. A pintura mural era utilizada em seus templos e palácios, sendo que as figuras normalmente não eram personalizadas, sendo identificadas através de pictogramas. A pintura foi utilizada principalmente nos códices (pequenos livros, semelhantes aos manuscritos europeus), responsáveis pela transmissão do conhecimento


O Calendário:

O Calendário Asteca, também conhecido como Pedra do Sol, é o calendário utilizado pelos astecas, povo que habitou a região do México até meados do século XVI. Este calendário era baseado no ano solar, assim possuindo 365 dias.

No Calendário se encontram representadas a cosmogonia e a cronologia dos antigos mexicanos. Ao centro destaca-se o Sol (Deus Tonatiuh) sedento de sangue com o signo nauiollin, símbolo do nosso universo.

Os quatro braços da Cruz de Santo André, correspondentes ao signo Ollin, contêm os símbolos dos quatro antigos Sóis. Em torno destes hieróglifos, circulos concêntricos mostram os signos dos dias (vide abaixo), os anos, representados pelo glifo xiuitl composto de 5 pontos, sendo 4 em cruz e mais outro no meio e, enfim, duas "serpentes de turquesa", isto é, os dois períodos de 52 anos que correspondem aos 65 anos do planeta Vênus, os dois constituindo o ciclo de 104 anos denominado ueuetiliztli ("velhice").

Os astecas tinham conhecimento precisos sobre a duração do ano, a determinação dos solstícios, as fases e eclipses da Lua, a revolução do planeta Vênus e diversas constelações, como as Plêiades e a Grande Ursa.

Eles atribuíam uma atenção especial à mensuração do tempo, numa aritmética que tinha como base o número 20. Ao fim de cada período de 52 anos, acendia-se o "Fogo Novo" no cimo da montanha de Uixachtecatl. Isto era denominado "liga dos anos".

Era comemorado como um verdadeiro "Reveillon" místico com sacrifícios, danças, renovação de utensílio domésticos, etc. O Calendário Asteca possuía 18 meses com 20 dias, estes últimos a saber:
Coatl - Cobra
Cuetzpallin - Leopardo
Calli - Casa
Ehecatl - Vento
Cipactli - Crocodilo
Xochitl - Flor
Quiahuitl - Chuva
Tecpatl - Pedra
Ollin - Tempo
Cozcacuauhtli - Abutre
Cuauhtle - Águia
Ocelotl - Jaguar
Acatl - Bastão
Malinalli - Erva
Ozomatli - Macaco
Itzquintli - Cão Careca
Atl - Água
Tochtli - Coelho
Mazatl - Cervo
Miquiztli - Caveira

Agricultura e Subsistência:
Alimentavam-se essencialmente de milho (era tão importante que existia até um Deus-Milho), feijão, abóbora, pimenta e tomate. Os grãos de amaranto e sálvia eram usados em mingaus. Em torno do lago, consumiam-se peixes, crustáceos, batráquios e até insetos aquáticos. Aliás, os peixes e crustáceos só chegavam ao Planalto para serem consumidos pelas mais altas camadas da sociedade.

Conclusão:
Os astecas foram destruídos pelos conquistadores espanhóis em 1521, sob o comando do espanhol Fernando Cortez.



20.3 - OS INCAS
Os incas viveram na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram dominados pelos espanhóis em 1532.

Incas eram os líderes de todo o vasto império americano, no fim do 1º século o império começou a expandir de seu território inicial na área de Cuzco, as montanhas do sul de América sul. Esta expansão terminou brutal com a invasão espanhola por Francisco Pizarro em1532.

Pela época de sua rendição, o império controlou uma população estimada de 12 milhão povos que representa hoje de Peru e de Equador e uma grande parte do Chile, de Bolívia e de Argentina.
O imperador, conhecido por Sapa Inca era considerado um deus na Terra. A sociedade era hierarquizada e formada por: nobres (governantes, chefes militares, juízes e sacerdotes), camada média ( funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.
Machu Picchu

Apenas os Incas desenvolveram de fato um Império centralizado e teocrático, onde o Imperador, chamado Sapa Inca era considerado um deus, descendente direto do sol, supremo legislador e comandante do exército, suplantando a antiga unidade social, o Ayllu, (clã).

Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade. A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias. A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias.

Domesticaram a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de retirar a lã , carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.

O império Inca

Os incas chamaram o seu império de Tahuantinsuyo, que quer dizer as quatro partes do mundo. Ele era dividido em quatro regiões, que por sua vez se dividiam em províncias. Na frente do império estava o Inca, e as regiões conquistadas eram dirigidas pelos curacas ou governadores de província.

A história do império se inicia no ano 1438 com Pachacutec. Este monarca, cujo nome significa “o transformador do mundo”, foi um general afortunado na guerra contra os chancas, um temível povo do noroeste que invadiu e esteve a ponto de acabar com Cuzco e com os incas. Devido a sua vitória, ele foi nomeado Inca e iniciou uma série de conquistas militares no norte, que o levaram até o território ocupado atualmente pelo Equador.

Durante seus últimos anos, ele deixou as operações militares nas mãos de seu filho, Tupac, e se dedicou a organizar o território dominado, mandando fazer um mapa do mesmo, em barro. Pachacutec teve a idéia original de integrar os povos vencidos como parte de seu império e não como províncias submissas.

Ele combinou o sistema de tributos com um regime de produção e distribuição. A ele também se atribui a regulamentação do sistema agrícola: épocas convenientes de semeadura e colheita. Para isso, Pachacutec mandou erguer colunas em todo o império com o objetivo de saber com precisão a posição do sol e dos astros. Ele morreu em 1471, sendo sucedido por seu filho Tupac Yupanqui.

A arquitetura

Incas desenvolveu um estilo muito funcional pública avançada da arquitetura que era notável para a sua engenharia e técnicas de pedra finas do edifício. A planta das cidades foi baseada em um sistema das avenidas principais cruzadas pelas estradas menores que convergiram em um quadrado aberto principal cercado edifícios municipais e igrejas. A estrutura era a de somente um assoalho de um conjunto perfeito de pedras cortadas; usaram também o tijolo da terra e da palha nas regiões litorais. Para a construção de monumentos grandes goste do Sacschuaman, grande fortaleza perto de Cuzco, blocos maciços em uma forma do poligono foram postos junto com uma precisão extraordinária. Nas regiões da montanha, como a espetacular cidade dos Andes situada em Machu Picchu, a arquitetura de Inca refletiu adaptações frequentemente ingenuas do relevo natural.

A religião

A religião do estado foi baseada na adoração do Sol. Os emperadores incas foram considerados os descendentes do deus Sol e adorados como divinidades. O ouro, símbolo do ouro do Sol, foi explorado muito para o uso os líderes e os membros do elite, não como a moeda corrente mas para da decoração, da roupa e dos rituals. A religião dominou toda a estrutura astuta. Do Templo do Sol no centro de Cuzco, nós poderíamos extrair uma linha imaginária para os lugares da adoração das classes sociais diferentes na cidade. 

A prática religiosa consistiu nos consultas do oraculos, sacrifícios para ofertório, transes religiosos e confissãos públicas. Um ciclo anual de festividades religiosas foi regulado pelo calendário Inca, extremamente preciso, era assim o ano agricultural. Por causa estes e outros aspectos, a cultura de Inca assemelhou-se muito a algumas culturas da Meso-América como os Astecas e Maias.

Ao lado a pintura espanhola de Francisco Pizarro a cavalo, e os índios têm que trazer o seu ouro para o barco. A exploração e a conquista do reino que não era nada, mas a regra do Tawantinsuyu [quechua, o Inca Empire]. Pizarro anunciou seu projeto para os seus amigos Diego de Almagro e Hernando de Luque, o sacerdote, com quem estabeleceu uma empresa privada denominada "Empresa del Levante" para perceber a exploração e conquista do Peru.


EXPANSÃO E DECADÊNCIA:

O Inca Tupac Yupanqui governou o Império entre 1471 e 1493. Este grande conquistador levou a fronteira meridional até o norte do Chile e na costa, conseguiu dominar o poderoso reino Chimú. Para derrotá-lo ele teve que cortar os aquedutos que abasteciam água potável da serra.

Este inca fracassou na sua tentativa de dominar a selva amazônica, pelo qual havia mandado construir fortificações nas gargantas que desciam até ela, a fim de evitar possíveis invasões.

A morte de Tupac Yupanqui em 1493 foi causada por uma luta entre suas mulheres, para garantir a sucessão de seus filhos. Uma delas o envenenou, ocasionando uma guerra civil com várias complicações. Finalmente Huayna Capac, o filho designado pelo próprio falecido inca, se impôs. Assim começou o período em que o Tahuantisuyo chegou a sua máxima extensão, apesar de que para alcançá-la teve que enfrentar o seu fim.

Huayna Capac estava no meio de uma de suas campanhas de conquista quando subitamente adoeceu e morreu em 1527. Apesar de ter tomado suas providências para eleger o seu filho como seu sucessor, este também morreu. 

Foram propostos dois sucessores irmãos, Huascar, avalizado pela aristocracia de Cuzco e Atahualpa, apoiado pelas tropas militares. Assim se instalou a guerra civil de maior fúria na história do império, que se desenvolveu entre 1428 e 1532. Finalmente Huascar foi derrotado e assassinado. Atahualpa, por outro lado, foi apressado pelos espanhóis que haviam se aliado aos povos inimigos dos incas para conquistá-los
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