sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A Clavícula de Salomão e o Timo


 
 
 
 

Texto sobre a Clavícula de Salomão e o Fogo Sagrado: AQUI

Vimos no texto do link acima que a partir das duas clavículas surge a “coluna artificial”.



As duas clavículas no corpo humano se unem no osso esterno (ver figura acima), osso que protege o coração e os pulmões ao formar uma espécie de “caixa”, a caixa torácica que é o espaço compreendido entre o osso esterno e a coluna vertebral. É a partir da junção dessas duas clavículas que se constrói a chamada “coluna artificial” descrita no link do início desse texto.

Já o timo é um órgão/glândula pertencente à rede do sistema linfático, localizado na parte anterior e superior do esterno, dentro da caixa torácica, entre o esterno e o coração e está localizado próximo a veia jugular interna, a artéria carótida comum, pulmões (na sua parte lateral) e coração (a parte inferior do timo está acima do coração)



É uma das 7 glândulas de secreção interna que possuímos. São essas glândulas o próprio timo, a pineal, a pituitária, tireóide, pâncreas, supra-renais e sexuais. A principal função do timo é produzir linfócitos T, células brancas do sangue, que quando estão maduras saem do timo e se fixam no baço, para que então um novo lote seja produzido e amadurecido. Esses linfócitos são a base do sistema imunológico protegendo o organismo da invasão de bactérias e vírus. Outra função do timo é evitar o crescimento e multiplicação desordenada das células, desequilíbrio que pode levar ao câncer.

José Álvares Mosig, médico e pesquisador da USP, assim descreve o timo:

“Foi citado na Grécia por Platão, Sócrates e Aquiles. Para Platão, thymos é a parte da alma que denota o orgulho, a indignação, a vergonha e a necessidade de reconhecimento. É um atributo guerreiro, um aspecto da vida interior que dá significado à beligerância. Sem thymos o homem não é mais do que um animal muito inteligente, com cérebro e necessidades físicas, mas sem autonomia moral. Para Platão, thymos coexiste em nós com a razão e os desejos, sendo que, às vezes, nos leva a agir de uma maneira não razoável. Fechando com chave de ouro esta investigação sobre a etimologia de timo, fiquei estarrecido ao me deparar com o Livro 2 da “República”, e mais especificamente com o capítulo sobre “o Caráter e a Educação dos Guardiões”, em que Platão escreve: “A cidade luxuosa (nosso corpo) terá necessidade de um exército e, portanto, de uma classe de especialistas, chamados ‘Guardiões’ (phylakes), os defensores da polis (cidade). A justiça será um dos seus objetivos mais importantes. “Para realizarem bem o seu trabalho, os ‘Guardiões’ deverão ser dotados de vigor físicos, de thymos, da capacidade de se comportar gentilmente com aqueles conhecidos e agressivamente com aqueles desconhecidos.” Uma bela descrição do thymos no nosso peito, tanto da entidade anímica, como do timo físico, berço e educador dos guardiões da identidade molecular do indivíduo”.

O timo atua em estreita ligação com o chacra cardíaco. Esse chacra recebe a atuação de um dos sete raios, o raio rosa. O fluido universal na tonalidade rosa é usado no despertar do amor, o sentimento de fraternidade, compaixão e caridade que muitas vezes fica obscurecido pelas desilusões, tristezas que a pessoa enfrenta ao longo da vida, além do cultivo do egoísmo. Na forma de uma rosa trazendo a beleza do seu desabrochar o perfume de suas pétalas, ela ajuda a substituir a tristeza pela alegria e a desilusão pela esperança e o egoísmo por uma vontade ser mais útil ao próximo. Rowena (Maria de Magdala) é a senhora desse raio. Sua atuação é no chacra cardíaco (na direção do coração). É a energia que também auxilia na expansão do amor incondicional pelo gênero humano. Sua palavra é amor. Compreendemos assim a grande importância do timo para o corpo humano. O timo tem, portanto, papel decisivo na circulação de energia telúrica pela coluna vertebral e sua interação com o chacra cardíaco, da mesma forma que é profundamente bloqueado quando da criação da estrutura da coluna artificial.


  Um texto muito esclarecedor da jornalista Sônia Hirsch nos fala mais sobre o timo:

“Seu nome em grego, thýmos significa: energia vital. Precisa dizer mais? Precisa, porque o timo continua sendo um ilustre desconhecido. Ele cresce quando estamos contentes, encolhe pela metade quando estressamos e mais ainda quando adoecemos. Essa característica iludiu durante muito tempo a medicina, que só conhecia através de autópsias e sempre o encontrava encolhidinho. Supunha-se que atrofiava e parava de trabalhar na adolescência, tanto que durante décadas os médicos americanos bombardeavam timos adultos perfeitamente saudáveis com megadoses de raios X achando que seu “tamanho anormal” poderia causar problemas.

Mais tarde a ciência demonstrou que, mesmo encolhendo após a infância, continua totalmente ativo; é um dos pilares do sistema imunológico, junto com as glândulas adrenais e a espinha dorsal, e está diretamente ligado aos sentidos, à consciência e à linguagem. Como uma central telefônica por onde passam todas as ligações, faz conexões para fora e para dentro. Se somos invadidos por micróbios ou toxinas, reage produzindo células de defesa na mesma hora. Mas também é muito sensível a imagens, cores, luzes, cheiros, sabores, gestos, toques, sons, palavras, pensamentos.

Amor e ódio o afetam profundamente. Idéias negativas têm mais poder sobre ele do que vírus ou bactérias. Já que não existem em forma concreta, o timo fica tentando reagir e enfraquece, abrindo brechas para sintomas de baixa imunidade, como herpes. Em compensação, idéias positivas conseguem dele uma ativação geral em todos os poderes, lembrando a fé que remove montanhas.

Um teste simples pode demonstrar essa conexão. Feche os dedos polegar e indicador na posição de ok, aperte com força e peça para alguém tentar abri-los enquanto você pensa "estou feliz". Depois repita pensando "estou infeliz". A maioria das pessoas conserva a força nos dedos com a idéia feliz e enfraquece quando pensa infeliz. (Substitua os pensamentos por uma bela sopa de legumes ou um lindo sorvete de chocolate para ver o que acontece....)

Esse mesmo teste serve para lidar com situações bem mais complexas. Por exemplo, quando o médico precisa de um diagnóstico diferencial, seu paciente tem sintomas no fígado que tanto podem significar câncer quanto abscessos causados por amebas. Usando lâminas com amostras, ou mesmo representações gráficas de uma e outra hipótese, testa a força muscular do paciente quando em contato com elas e chega ao resultado.

As reações são consideradas respostas do timo e o método, que tem sido demonstrado em congressos científicos ao redor do mundo, já é ensinado na Universidade de São Paulo (USP) a médicos acupunturistas.

O detalhe curioso é que o timo fica encostadinho no coração, que acaba ganhando todos os créditos em relação a sentimentos, emoções, decisões, jeito de falar, jeito de escutar, estado de espírito... "Fiquei de coração apertadinho", por exemplo, revela uma situação real do timo, que só por reflexo envolve o coração.

O próprio chacra cardíaco, fonte energética de união e compaixão, tem mais a ver com o timo do que com o coração - e é nesse chacra que, segundo os ensinamentos budistas, se dá a passagem do estágio animal para o estágio humano.

"Lindo!", você pode estar pensando, "mas e daí?". Daí que, se você quiser, pode exercitar o timo para aumentar sua produção de bem estar e felicidade. Como? Pela manhã, ao levantar, ou à noite, antes de dormir:

1. Fique de pé, os joelhos levemente dobrados. A distância entre os pés deve ser a mesma dos ombros. Ponha o peso do corpo sobre os dedos e não sobre o calcanhar, e mantenha toda a musculatura bem relaxada.

2. Feche qualquer uma das mãos e comece a dar pancadinhas contínuas com os nós dos dedos no centro do peito, marcando o ritmo assim: uma forte e duas fracas. Continue entre três e cinco minutos, respirando calmamente, enquanto observa a vibração produzida em toda a região torácica. O exercício estará atraindo sangue e energia para o timo, fazendo-o crescer em vitalidade e beneficiando também pulmões, coração, brônquios e garganta. Ou seja, enchendo o peito de algo que já era seu e só estava esperando um olhar de reconhecimento para se transformar em coragem, calma, nutrição emocional.”

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