Oceano de Beatitude...
Quando a mente silencia, a consciência penetra no grande silêncio...
Quando os sentidos se fecham, a percepção se abre para o grande horizonte...
Quando o coração se acalma, a flor da compaixão finalmente desabrocha...
Quando o Ser se abre, os raios de luz surgem, como o nascer da aurora...
Quando o espírito se vê, ele contempla finalmente o verdadeiro Ser...
Quando a atenção é direcionada, a consciência a tudo pode e percebe...
Quando a respiração é controlada, o milagre finalmente acontece...
Quando o Ser torna-se senhor da própria mente, o primeiro véu cai...
Quando o coração desabrocha, o segundo véu se vai...
E quando finalmente, o atman descobre-se plenamente,
Nada mais existe... Apenas Ele!
A iluminação é o processo de descobrir a grande luz que mora no âmago do Ser.
É a aurora matinal, que acaba com as sombras do crepúsculo e leva para longe as
brumas da ilusão. Quando a iluminação acontece, o Ser finalmente compreende sua
real natureza. Isso é o fim de Maya, a contemplação da verdade.
Mas a verdade só pode ser contemplada por um coração puro e uma mente
adestrada. Por um desejo ardente de conhecê-la e sentimentos sublimes em relação
ao mundo. Por uma consciência armada com a espada do discernimento e uma vontade
firme e disciplinada na senda da meditação.
O irreal é transitório. Passageiro, são castelos de areia construídos a beira
do mar. Não resistem ao primeiro sopro da Mãe Tempo. Mas, os tesouros da
Consciência, do Amor e do Ser são eternos. Castelos brilhantes, que deslizam
sobre as nuvens.
Benção do Todo. Presença do infinito. Perenes, sublimes e serenos. Eternos no
oceano de Ananda.
Busca e desperta, alma amiga! Deus e você são Um só, esse é o maior legado dos
mestres realizados. Quando sua consciência mergulha no oceano beatífico, já não
mais existe a consciência individualizada, apenas a grande consciência coletiva.
Esse é o chegar da aurora matutina. O toque da Mãe Divina. O verdadeiro
despertar...
O Atman criou asas, e pelo topo da cabeça mergulhou no Eterno...
Simples gotinha, que voltou ao oceano cósmico de bem-aventurança.
Quem sou eu? A gota?
Não, não, isso não...
Dilui-me na imensidão de Brahman;
Perdi-me na vastidão da bem-aventurança;
Sou o Oceano!
Eu sou Ele, Ele sou Eu...
Eterna e placidamente
Na totalidade da existência...
3õ OM TAT SAT 3õ
Fernando Sepe, inspirado pela bela Ananda – 19/09/06 – 01:42 A.M.
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